segunda-feira, 16 de julho de 2007

PEJADA


A MENINA DE DOZE,
ATREVIDA, SUCULENTA,
ESPREMIA A POLPA,
DO SEU MARTÍRIO GESTANTE,
NÃO TINHA ROUPA,
QUE LHE ESCONDESSE A BARRIGA.


SALAFRÁRIA, INCAPAZ!
DIZIA O PAI,
QUEM PASSOU-LHE ESSA DOENÇA?
ESCARROU COM ESCÁRNIO,
SEM NENHUMA PENA,
NA PERNA DA DESINFELIZ.


DESPAUTÉRIO!
LOMBRIGUINHA DE BARRIGA,
FLOREIRA AINDA NÃO FLORIDA,
QUERENDO FLORIR A VIDA.


POBRE FILHINHA!
DIZ A MÃE DESSA CRIANÇA.
NÃO SEI QUEM EU ACALENTO,
SE VOCÊ, OU O SEU REBENTO.
QUEM DIRIA...
UMA MENINA DE DOZE,
AINDA NEM DESMAMOU,
AGORA JÁ FICOU PRENHE...
SUA BONECA NÃO DEU À NINGUÉM,
E O SEU FILHINHO,
SEU PAI DARÁ PARA QUEM?



25/09/06 TEREZA NEUMANN

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