quarta-feira, 31 de dezembro de 2008
domingo, 28 de dezembro de 2008
DIA 22 DE JANEIRO DE 2009 FAZEM 32 ANOS DE MORTE DE MAYSA
DIA DE LUZ, FESTA DE SOL - TEXTO FICÇÃO
ELE COLOCOU A FITA NO TOCA-FITAS
E DE REPENTE A VOZ ROUCA DE MAYSA
ENCHEU O AMBIENTE SILENCIOSO
QUE SE FAZIA NO CARRO
"DIA DE LUZ, FESTA DE SOL..."
A VOZ BONITA DA CANTORA
NOS LEVAVA A UM ESTADO DE PAZ
E AO MESMO TEMPO DE MELANCOLIA
O CARRO DESLIZAVA MACIAMENTE PELO ASFALTO
E O SILENCIO NOS FAZIA
DISTANTES UM DO OUTRO
NAQUELE MOMENTO
TUDO ENTRE NÓS HAVIA ACABADO
NÓS VOLTÁVAMOS DA PRAIA
E LÁ NÓS ACABÁVAMOS
DE DEFINIR A NOSSA SITUAÇÃO
NÃO PODÍAMOS MAIS CONTINUAR
QUATRO ANOS DE CASADOS
DOIS DE VERDADEIRA UNIÃO
E DOIS DE SOLIDÃO MÚTUA
NÃO PODÍAMOS MAIS CONTINUAR
O SILÊNCIO QUE SE FAZ AGORA
É O SILÊNCIO QUE NOS ACOMPANHA
DESDE ANOS ATRÁS
UM SILÊNCIO QUE NOS MANTEVE
DISTANTES DOIS ANOS
MAYSA CONTINUAVA
COM A SUA MELODIA ALEGRE
MAS QUE A SUA VOZ
A TORNAVA MELANCOLICA
"O BARQUINHO VAI, A TARDINHA CAI..."
REALMENTE A TARDE JÁ COMEÇAVA A CAIR
O SOL JÁ COMEÇAVA A ESCONDER SEUS RAIOS
E A VERMELHIDÃO DO HORIZONTE
FAZIA UMA PAISAGEM BELÍSSIMA
NÓS CONTINUÁVAMOS PRESOS
A NOSSOS PENSAMENTOS
E NOSSA SOLIDÃO
A MÚSICA ACABOU
MAYSA TAMBÉM SE CALOU
E O SILÊNCIO FEZ-SE TOTAL
EU OLHEI PARA O PERFIL DO ROSTO DE ANDRÉ
NÃO ESTAVA SERENO
A INTRANQUILIDADE ESTAVA PRESENTE
NAQUELAS TRÊS RUGAS
QUE APARECIAM EM SUA TESTA
CHEGAMOS EM CASA
JÁ ERA NOITE
EU ACHEI MELHOR ANDRÉ IR PRA UM HOTEL
SERIA TORTURA MAIOR PERMANECERMOS
JUNTOS MAIS UMA NOITE
PORQUE DE QUALQUER FORMA
NÃO ESTARÍAMOS JUNTOS
ESTARÍAMOS SEMPRE DISTANTES
E ESSA DISTÂNCIA NOS FERIA
NOS MACHUCAVA
NOS DESQUITAMOS
E CADA UM FOI VIVER SUA VIDA
ERAMOS AGORA AMIGOS
DEPOIS DO DESQUITE
AS VEZES QUE NOS ENCONTRÁVAMOS
MANTINHAMOS UM RELACIONAMENTO
MAIS ABERTO, MAIS FRANCO
O SILÊNCIO JÁ NÃO SE FAZIA ENTRE NÓS
NOS ENCARÁVAMOS SEM MEDO
E QUANDO NOS SEPARÁVAMOS
SENTÍAMOS A NECESSIDADE
DE ESTARMOS JUNTOS
A SOLIDÃO AGORA, ERA QUANDO
REALMENTE ESTÁVAMOS LONGE
UM DO OUTRO
A DISTÂNCIA AGORA ERA VERDADEIRA
PORQUE UM ESTAVA AFASTADO DO OUTRO
E ESSA NECESSIDADE DE ESTARMOS JUNTOS
CRESCEU INTENSAMENTE
QUE NUMA BELA MANHÃ DE SOL
ANDRÉ ME APANHOU EM CASA
PARA IRMOS À PRAIA
EU ENTREI NO CARRO
ELE LIGOU O MOTOR
E O CARRO COMEÇOU A DESLIZAR
TRANQUILAMENTE PELO ASFALTO
ANDRÉ APANHOU UMA FITA
COLOCOU-A NO TOCA-FITAS
E MEU CORAÇÃO SORRIU
QUANDO A VOZ TÃO BONITA E SOTURNA
DE MAYSA SOOU ROUCAMENTE:
"DIA DE LUZ, FESTA DE SOL..."
13/02/77 TEREZA NEUMANN
sábado, 27 de dezembro de 2008
CORAÇÃO DE AMIGO
Amor amigo,
dorme no coração,
podem passar mil anos,
quando desperta,
dá um alerta,
que a amizade acordou
pra ser completa.
A minha amizade,
se reencontrou,
nossos caminhos
mudaram de rumo,
mais agora nos achou...
A saudade foi maior,
foi ela quem nos procurou.
Perdemos o contato
e na desvairada
estrada, dessa imensidão,
a amizade tomou prumo
e veio rumo,
ao nosso coração!
16/06/2007 Tereza Neumann
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
LUAR DO PASSADO
Da minha infância
que virou saudade,
a memória relembra
momentos de felicidade.
Traz à tona um reencontro
que ficou guardado,
na vastidão de minh'alma.
Anos de desencontros,
de uma amizade de criança
que foi interrompida.
Dias de reencontro
de caminhos retomados,
de encantos esperados,
pra vivermos,
uma amizade, agora, amadurecida.
Espero que não seja breve,
espero que seja eterna e querida
e que o luar do passado,
que presenciou essa separação,
traga o luar do presente,
pra presenciar docemente,
o abraço amigo,
dos nossos corações!
02/07/2007 Tereza Neumann
quarta-feira, 24 de dezembro de 2008
PARA REFLEXÃO!!!!
terça-feira, 23 de dezembro de 2008
RECEBI DA SÍLVIA, ESSA PÉROLA!
Tereza, querida!
Desejo que neste Natal,
antes de perceber Jesus
nas luzinhas que piscam pela cidade,
O encontre primeiramente em teu coração.
E, à frente de qualquer palavra
que expresse teu desejo de um feliz Natal,
O encontre em suas ações.
Que O encontre
não só na alegria que sente
ao sair das lojas com presentes
para as pessoas que ama,
mas também na feição triste
da criança abandonada nas ruas,
na qual muitas vezes
esbarra apressadamente.
Que encontre Jesus
no momento em que pegar
nas mãozinhas delicadas de teu filho,
lembrando-se das mãozinhas pedintes,
quase sempre sujas de calçada,
que só sabem o que significa rudeza.
... O encontre
no abraço de um amigo,
lembrando-se dos tantos
que só têm a solidão como companheira.
... O encontre
na feição do idoso da sua família,
lembrando-se daqueles
que tanto deram de si a alguém,
e hoje são esquecidos até pela sociedade.
... O encontre
na lembrança suave
e sempre viva
daquela pessoa querida
que não está mais
fisicamente ao teu lado,
lembrando-se daqueles
que nem se recordam
mais quem foram,
enfraquecidos pelo
vazio de suas vidas.
Encontre Jesus
na bênção de tua mesa farta
e no aconchego de tua família,
lembrando-se daqueles
que mal alimentam-se
do pão e sequer um lar têm.
... O encontre
não apenas no presente que troca,
mas principalmente na vida
que Ele te deu como presente.
Lembre-se, então,
de agradecer por ser uma pessoa
privilegiada em meio
a um mundo tão contraditório!
Que também encontre Jesus
à meia- noite do dia 31
e sinta o mistério grandioso da vida,
que renasce junto com cada ano.
Então festeje…
o ano que acabou
não apenas como dias que se passaram,
e sim como mais um trecho percorrido
na estrada da sua vida!
...a alegria que lhe extasiou
e a dor que lhe fez crescer!
... pelo bem que foi capaz de fazer
e pelo mal que foi capaz de superar!
... o prazer de cada conquista
e o aprendizado de cada derrota!
Festeje por estar aqui,
a esperança no ano que se inicia,
no amanhã, a vida!
Abra os braços do coração
para receber os sonhos
e expectativas do ano novo.
Deixe tua alma voar alto…
pegar carona com os fogos coloridos.
Mentalize seus desejos mais íntimos e acredite:
eles também chegarão ao céu.
Irão misturar-se às estrelas,
irão penetrar no Universo
e voltarão cheios de energia
para tornarem-se reais.
Basta querer de verdade,
ter fé e nunca desistir.
E que teu ano seja, então,
pleno de bênçãos e realizações.
Silvia Mendonça
sexta-feira, 19 de dezembro de 2008
Cláusula Pétrea - BELÍSSIMO POEMA
Delasnieve Daspet
Gravei na pedra o meu amor.
Fiz dele uma cláusula pétrea.
Mas quero quebrar o contrato.
Não quero passar a vida te amando.
Preciso reaprender a andar sozinha.
Tenho de lembrar que o corpo é finito.
Apenas, um casulo par'alma!
Preciso reaprender que a alma
É imponderável, indivisivel e eterna
E que o corpo é nada sem ela!
Já devia ter visto
Que a busca não é contigo...
Sempre deixarás meu coração partido!
Contigo não teve magia.
Nada foi natural.
Falso era o abraço.
Frio o beijo.
Não trocamos energia.
Tampouco vibração.
O tempo do amor foi muito curto.
Porque tenho de alongar
A saudade, a espera, a nostalgia
Do tempo passado,
Do tempo presente,
Do tempo que não virá?
Pois é.
Quebro os grilhões.
Acerto o ponteiro do meu tempo
E me livro de ti!
E neste conflito que temos
De luz e de treva,
A noite no fim do dia,
Do rio que bate na pedra,
As minhas vontades....
são duas:
Ficar contigo pra sempre ou
Quebrar a cláusula pétrea,e
Conseguir minha alforria!
DD_Campo Grande MS
.
quarta-feira, 17 de dezembro de 2008
POEMA PARA SÍLVIA
terça-feira, 16 de dezembro de 2008
CONVITE
A JORNALISTA OLGA DEFAVERI
CONVIDA PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO
IMPRENSA ALTERNATIVA NO GRANDE ABC
A HISTÓRIA CONTADA PELOS INDEPENDENTES
DIA: 19 DE DEZEMBRO DE 2008
HORÁRIO: 19:30
LOCAL: CASA DA PALAVRA
PRAÇA DO CARMO 171 –CENTRO
SANTO ANDRÉ – TEL: 4992-7218
CONVIDA PARA O LANÇAMENTO DO LIVRO
IMPRENSA ALTERNATIVA NO GRANDE ABC
A HISTÓRIA CONTADA PELOS INDEPENDENTES
DIA: 19 DE DEZEMBRO DE 2008
HORÁRIO: 19:30
LOCAL: CASA DA PALAVRA
PRAÇA DO CARMO 171 –CENTRO
SANTO ANDRÉ – TEL: 4992-7218
HORIZONTE COM SOL
Caminhos trilhados no abandono,
Conhece o inferno desumano,
De homens desonestos, com maquiagem facial,
Tentando esconder as caras de pau,
Fazem e acontecem, nesse espaço sideral,
Trafegam impunes, estamos estafados de ver,
Maledicências perduram, os céticos podem crer.
O amanhã chega, a cenografia é a habitual,
Persiste o mesmo carnaval.
Carnaval de despudor,
Carnaval de sem vergonhas,
Carnaval que o condutor,
Faz trapaças e artimanhas.
Olho o universo,
Contrito rezo,
Pra que alguma coisa,
No mundo, mude.
Malho, pra mudar pra melhor...
Que o infame padeça,
Pra que não cresça,
A fábrica de homem-algoz,
E que um dia amanheça,
Na conturbada vida,
Um horizonte com sol...
16/12/2008 Tereza Neumann
E quando o Natal acabar? O GRITO QUE O VENTO PRECISA PROPAGAR!
by Silvia Mendonça*
Tudo bem! No Natal renasce em cada um a esperança, o sonho, a vontade de ajudar o próximo, o desejo de mudanças. É momento de alegria! Um dia para perdoar, encontrar os amigos. Chamar a sogra e cunhados para repartir a ceia. Happy X (mas) - War is Over, diria John Lennon em sua música que cobre todos os países e idiomas. As guerras intestinas dão uma pausa nestes dias de paz (será?).
No Natal, as crianças adoçam os corações dos pais, trazem de volta as memórias natalinas de outros tempos, as lembranças de uma infância num mundo diferente desse dominado pela filosofia material, pelo consumismo desenfreado e pela vontade louca de comprar uma roupa de quinhentos reais ou de trocar um carro pelo financiamento eterno. Os corretores esquecem o cheiro do dinheiro, os capitalistas brincam de amigo secreto, o empresário paga com gosto o 13º salário.
No Natal, os brutamontes diminuem as práticas criminosas - espancam menos, matam menos, roubam menos (será?). Os doentes perdoam a doença. Os apaixonados dão um tempo ao amor sublime e repartem carinho com parentes e amigos. As prostitutas, algumas delas, fazem o serviço de graça e os desgraçados encontram uma família temporária. Os distritos policiais brindam a ceia quase que sem registros materiais. E a Justiça liberta condenados para visitar familiares.
No Natal, que é apenas uma data concorrente ao nascimento de Cristo, os homens se reencontram. Não existe explicação nas leis naturais, no lado racional da humanidade nem mesmo na prática política de cada homem. Mas Natal é tempo de repartir, de compartilhar a fartura. De dar. Estamos entubados de boa vontade nesses dias. Se alguém pedir, você é capaz de dar o que não tem. Tiramos da nossa boca para oferecer ao próximo que estende uma mão enrugada pedindo moedas.
Mas é preciso reflexão. E quando o Papai Noel vai embora, a árvore se desmancha e ficam as crianças famintas nas ruas, estupefatas com um país que implementa, de forma lenta, as mudanças sociais, com uma sociedade desumana e sem vontade de modificar a real estrutura de poder que coloca o Brasil como potência inerte? Desmoralizado frente às denúncias de trabalho escravo nas plantações do Pará, nas carvoarias de Goiás e no trato absurdo frente às família que sobrevivem com um salário mínimo (enquanto seus parlamentares vivem com o máximo), o País cega os olhos durante os outros meses.
O Natal deveria tocar a todos. Todos os anos, todos os meses. Se existisse espírito natalino durante outros dias, a vida do próximo não teria virado uma bobagem no resto do ano. No Natal, a filha não ousaria matar os pais, o homem da Merçedes jamais fecharia a cara para o porteiro do seu condomínio.
Mas vira-se a data e o homem é outro. No seu dia-a-dia, surge o desbunde da ganância. Somos hipócritas. Buzinamos pelas ruas, ofendemos idosos, fofocamos nas costas dos amigos, comemos mais do que necessitamos. Desejamos o fracasso para a vitória do concorrente. Aumentamos o preço dos produtos apenas para garantir um lucro maior no final do mês. E assim a indústria farmacêutica aumenta preços apertando o coração de doentes e o pivete prefere roubar o som do carro a procurar ensino profissionalizante.
Em menos de tinta dias, somos jogados de volta na Idade Média dos pensamentos. Defendemos a usura, o capital, a propriedade, o discurso da vontade e do poder. Em questão de horas, o Natal fica incolor. Perde o gosto. Abandona nossas retinas, dando lugar ao massacre cotidiano de um país maldito onde as grandes corporações só se preocupam com joguetes políticos.
Aos bárbaros que no Natal se vestem de boa pessoas, de caridosas almas, que estendem as mãos com presentinhos e badulaques, um sincero pedido: que o espírito natalino toque a todos de verdade. Que Santa Claus dê a vocês o antídoto eterno para a sensibilidade e que olhem os esfarrapados nas ruas. E que façam do Brasil um país maior do que os caras-de-pau que nos governam.
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
SONETO AO COTIDIANO
NÃO É PRECISO TER MUITO DINHEIRO
PARA ALIMENTAR A ALMA DE FELICIDADE
SÓ É PRECISO UM LUGAR ROTINEIRO
PARA A ALMA SORVER AS BELEZAS DA CIDADE
SENTADO,EM SILÊNCIO, OUVINDO O COTIDIANO
SE PERDER NO TEMPO, SEM CUMPRIR HORÁRIO
OUVIR BEM DISTANTE A MÚSICA DE UM PIANO
ENCHER O CORAÇÃO COM O IMAGINÁRIO
MELHOR NÃO TEM, QUE OBSERVAR O TEMPO
COM A CALMA DO MUNDO,SE ENTREGAR A TANTO
NÃO DEIXAR QUE AS PEQUENAS COISAS VOEM COM O VENTO
ME REGOZIJO EM OLHAR A ARTE DA VIDA
FÁBRICA GRATUITA DE SONHOS TÃO BELOS
LIDAS EM SONÊTOS, COMO SE VISTA DO ALTO,COMPLETAMENTE LINDA
12/05/2006 TEREZA NEUMANN
sábado, 13 de dezembro de 2008
UM MUNDO PERFEITO - LEONARDO BRUM
A história de suspense que já virou sucesso de vendas. Em Pedra-Luz, todos os moradores desapareceram misteriosamente. O mais intrigante é que as pessoas deixaram tudo pra trás dentro da mais absoluta normalidade: havia comida sobre a mesa, TV ligada, carro com o motor funcionando na estrada.Mas a ilha estava completamente deserta. Pedra-Luz era cercada de lendas como a de um diamante azul capaz de realizar os desejos das pessoas.
O livro traz uma mensagem de união e da responsabilidade de sabermos responder pelas nossas próprias escolhas.
www.leonardobrum.com.br
Anônimo disse...
Fantástico! Valeu a pena eu ter comprado. Adorei a história! Prende a atenção do início ao fim! Bem escrito, BRILHANTE!
Adriana Almeida
adriaalmeida@terra.com.br
2 de Janeiro de 2009 09:35
quinta-feira, 11 de dezembro de 2008
TROCA
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
BELA-MEL
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
08/12 DIA DA PADROEIRA DA BAHIA, NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO
Magnificat
A minha alma glorifica o Senhor *
E o meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador.
Porque pôs os olhos na humildade da sua Serva: *
De hoje em diante me chamarão bem aventurada todas as gerações.
O Todo-Poderoso fez em mim maravilhas: *
Santo é o seu nome.
A sua misericórdia se estende de geração em geração *
Sobre aqueles que o temem.
Manifestou o poder do seu braço *
E dispersou os soberbos.
Derrubou os poderosos de seus tronos *
E exaltou os humildes.
Aos famintos encheu de bens *
E aos ricos despediu de mãos vazias.
Acolheu a Israel, seu servo, *
Lembrado da sua misericórdia,
Como tinha prometido a nossos pais, *
A Abraão e à sua descendência para sempre
Glória ao Pai e ao Filho *
E ao Espírito Santo,
Como era no princípio, *
Agora e sempre. Amen.
08/12/1894 NASCE FLORBELA ESPANCA E NO DIA 08/12/1930, MORRE FLORBELA ESPANCA
Ser poeta
Ser poeta é ser mais alto, é ser maior
Do que os homens! Morder como quem beija!
É ser mendigo e dar como quem seja
Rei do Reino de Aquém e de Além Dor!
É ter de mil desejos o esplendor
E não saber sequer que se deseja!
É ter cá dentro um astro que flameja,
É ter garras e asas de condor!
É ter fome, é ter sede de Infinito!
Por elmo, as manhãs de oiro e de cetim...
é condensar o mundo num só grito!
E é amar-te, assim, perdidamente...
É seres alma, e sangue, e vida em mim
E dizê-lo cantando a toda a gente!
Florbela Espanca
sábado, 6 de dezembro de 2008
ANJO DA SOLIDÃO
Andando pelos traçados da rua,
Eu te reconheço
À luz da meia lua.
Entristeço-me, vendo-te sozinha,
Não esqueço,
De quando eras minha.
Ah, amor que guardo em mim,
Em ruas solitárias, a procura de ti,
Sinto inchar o meu coração,
Abundância de amor,
Em plena solidão,
Derrama, pra não explodir.
Talvez, as pegadas de amor,
Que deixei cair,
Traga-me o ardor
Do teu imenso carinho,
E o anjo da solidão,
Toma a minha vida nas mãos,
E sopra o meu amor,
Em teu coração.
06/12/2008 Tereza Neumann
SONÊTO DO ENCONTRO
DISPO-ME DE TODA ASPEREZA
DE TUDO QUE É ÁRDUO
PRA ENTREGAR-ME AO ENCONTRO
DA TUA PUREZA
ENCONTRO TÃO ESPERADO
BRAÇOS ABERTOS
PRA HORA DO ABRAÇO
DISSIPO A TRISTEZA, A ALEGRIA DELATO
A HORA DA MAGIA
É A HORA DO ENCONTRO
O CORAÇÃO SANGRA, A ALMA DESATA EM PRANTO
TUA PRESENÇA AFIRMA-SE
EMUDECES E EU ME CALO
SÓ OS OLHOS FALAM E O ABRAÇO CONFIRMA!
30/06/06 TEREZA NEUMANN
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
BRAVO À SUZANA FAÍNI
Quero deixar aqui em meu blog, um justo registro para a atriz Suzana Faíni. O banho de interpretação que ela está dando ao seu personagem Iolanda, na novela A Favorita. Em um determinado capítulo, em que ela dialoga com Irene(Glória Menezes), ela carregou-me de emoção e encheu os meus olhos de lágrimas! Muito tempo fora das telas, não reconhecida pelos seus papéis, passei a ser fã fervorosa da Cema de Irmãos Coragem. Espero vê-la sempre em outras novelas ou seriados da Globo. Bravo! Bravíssimo, Suzana Faíni!
DESFALECER - POEMA DE PEDRO DE BOIS
CARTA POÉTICA DE DANIELLE MITERRAND
RECEBI ESSE TEXTO MUITO BONITO E REPASSO PARA QUE VOCÊS VEJAM COMO A MESQUINHEZ NÃO CABE NUMA PESSOA GENEROSA DE ESPÍRITO ELEVADO, QUE VEIO A TERRA PARA MOSTRAR O SEU EXEMPLO.
Texto de Danielle Miterrand, esposa do ex-presidente François Miterrand, ao povo francês, após ter recebido críticas impiedosas por ter permitido a presença da amante do marido e de sua filha, Mazarine, na cerimônia fúnebre.
'Antes de mais nada devo deixar claro que não é um pedido de desculpas. Muito menos um enunciado de justificativas vãs, comum aos covardes ou àqueles que vivem preocupados em excesso com a opinião dos outros.
Aos 71 anos, vivendo a hora do balanço de uma existência que é um sulco bem traçado e profundo, já não mais preciso, e nem devo, correr atrás de possíveis enganos.
Vivo o momento em que as sombras já esclarecem e que as ausências são lindas expressões de perenidade e criação.
Sombras e ausências podem ser tudo, ao passo que luzes e presenças confundem os mais precipitados, os mais jovens.
Vivi com François 51 anos; estive com ele em muito desse tempo e me coloquei sempre. Há mulheres que não se colocam, embora estejam; que não se situam embora componham o cenário da situação presumível de uma vida de altos e baixos.
Na época da Resistência nunca sabíamos onde iríamos passar a noite - se na cama, na prisão, nos bosques ou estendidos por toda a eternidade. Quando se vive assim em comum, cria-se uma solda e a consciência de que é preciso viver depressa. Concentrar talvez seja a palavra. Por isso tentei entendê-lo, relacionar-me com sua complexidade, com as variações de sua pessoa e não de seu caráter...Quem entende ou, pelo menos, luta para compreender as variações do outro, o ama realmente. E nunca poderá dizer que foi enganada ou que jamais enganou. Não nos enganamos, nos confundimos quando nos perdemos da identidade vital do parceiro, familiar ou irmão. Ou jamais os conhecemos, o eu também, não é um engano. Quem não conhece, não tem enganos. Nas variações do outro, não cabe o apaziguador tudo antes do tempo em forma de tranqüilidade. Uma relação a dois não deve ser apaziguada, mas vibrante, apaixonada, e não enfastiada.
Nessa complexidade vi que meu marido era tão meu amante quanto da política. Vi, também, que como um homem sensível poderia se enamorar, se encantar com outras pessoas, sem deixar de me amar.
Achar que somos feitos para um único e fiel amor é hipocrisia, conformismo. É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente.
Não somos o centro amorável do mundo do outro. É preciso aceitar, também, outros amores que passam a fazer parte desse amor como mais uma gota d'água que se incorpora ao nosso lago.
Simone de Beauvoir dizia bem, que temos amores necessários e amores contingentes ao longo da vida.
Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo inteiro de filhos angustiados que me dizem: - 'Obrigado por ter aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderei ir ao enterro porque a mulher dele não aceita.
É preciso viver sem mesquinhez, sem um sentido pequeno, lamacento, comum aos moralistas, aos caluniadores aos paranóicos azedos que teimam em sujar tudo.
Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões.
Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo .
'Deus não prometeu Dias sem Dor; Risos sem Sofrimentos; Sol sem Chuva. Ele prometeu Força para o Dia; Conforto para as Lágrimas e Luz para o Caminho...'
quarta-feira, 3 de dezembro de 2008
O SER QUE SEI SER. (uma lição de aprendizagem)
Delasnieve Daspet
Eita coisa mais difícil de cultivar é a prerrogativa do SER.
Facilmente nos influenciamos. Nos deixamos levar pelas coisas que nos rodeiam, pelo que falam, pelo que pensam.
Com isso deixamos de administrar e permitimos que outros dirijam, que decidam por nós.
Nesse exato momento deixamos de viver. Deixamos de ser nós - a passamos a mero espectadores. Copiadores. Somos o que querem.
Dizemos não aos nossos sonhos.
Não mais SOMOS.
Por isso eu cultivo - até com excesso de zelo - essa faculdade do SER.
Tomo posições.
Tomo partido.
Dou a cara a tapa.
Quebro a cara.
Me machuco. Machuco...
Mas não me deixo direcionar.
Quando tomo uma decisão sou eu quem toma.
Não caminho ao sabor do desejo de outrem.
Mesmo que o caminho, as vezes, seja inóspito, ainda assim, sigo conduzindo minha existência.
Acho que devemos construir nossa história e para isso temos de seguir seus termos, até porque, seremos referência aos nossos filhos, ou aos que vierem...
Por isso tudo que faço é o meu fiel reflexo.
SOU. E serei sempre o SER que SEI SER.
A imagem que reflete na lua é a minha.
Me sei frágil. Mas vou me construindo dia a dia.
Sou o meu caminho de Paz e de Ternura.
Mas confesso que é difícil - como é!
É muito mais fácil pegar os atalhos, seguir o modismo, ser conduzida...
Mas onde a graça?!
Delasnieve Daspet_18 de abril de 2004_14,00 hs
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