segunda-feira, 27 de abril de 2009
SOLIDÃO VESTIDA DE PALHAÇO
A solidão caminha
Pela estrada que eu vou
Em sentido contrário,
Vem caminhar ao meu lado.
Sozinho, em silêncio,
Corto caminho,
Mas, sinto,
Que ela já me encontrou...
A quietude é profunda,
Que não sei por onde vou.
Mundo, tire-me essa visão,
Não quero dividir
Com ela o meu coração...
Dê-me a lua,
Dê-me as estrêlas,
O abraço da multidão,
O sorriso cristalino de um menino,
Mas, não quero a solidão.
Ela, vem vestida de palhaço,
Pra me dar um abraço,
Ela não sabe o que sei
Que palhaço, é a expressão da solidão,
E eu não quero o seu abraço, não.
Mostre-me uma vereda
Que eu cruze,
Com uma porção de passarinhos,
Quero andar acompanhado,
Não quero mais andar sozinho.
Se o meu destino for esse,
E eu nada possa fazer,
Dou as mãos à solidão
E tão só eu vou viver.
Mas, o meu coração,
Ela nunca vai ter,
Pois ele espera alguém,
Que também cruze esse chão.
Aí, eu sei que escapo,
Das malhas da solidão.
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