sábado, 13 de setembro de 2008

O CÔMODO E O FÁCIL, SÃO SEMPRE O PIOR CAMINHO!


ROBERTO ROMANELLI MAIA


Há pessoas que durante toda a vida não buscam sorrir.

Não aprenderam a sorrir.

Nem sabem o quanto é mágico e maravilhoso a alegria transmitida por um sorriso.

Sabem, no entanto, reclamar da vida e chorar.

Lágrimas a granel e em profusão.

Por tudo o que acontece de mais ou de menos de ruim em suas vidas.

São lágrimas de tristeza, de mágoa, de melancolia e, não raro, de desespero.

Mas nunca as ví e nem as vejo, também, cantar.

Saudar o dom divino da vida e do viver e amar.

Por estarem vivas e poderem buscar uma vida melhor.

Se, assim, dentro de si mesmas, dispuserem-se a enfrentar a maior das aventuras que é viver!

Lutar e arriscar!

Em contrapartida, já escutei os seus reclamos ou gritos de lamentação e de melancolia.

As vezes, por realidades e situações que não justificavam tais e tantas cenas de tristeza ou de extremo desalento.

E até mesmo de pura revolta.

Assim, por mais que me tentem convencer do contrário não acredito que existam situações, para o ser humano, que não possam ser contornadas ou resolvidas.

Por pior que elas sejam!

Sim, essas pessoas esqueceram, muito cedo, a importância de um sorriso, em suas vidas!

Pois não cantam as belos momentos que já viveram.

Mas sabem chorar por aqueles que acontecem, e que, a ver delas, não são os desejados nem esperados.

Esqueceram ou perderam, no meio do caminho,a alegria, que deveria estar estampada, em suas faces.

Pela ausência de amizade, de paixão e de amor, em suas vidas.

Pois elas nunca souberam, verdadeiramente, o que é o sentimento da amizade.

Nem o da paixão e do amor.

E, elas, também, são pouco simpáticas consigo mesmas e com os outros.

Pois quase sempre, se deixam dominar, facilmente, pela inveja, egoísmo, desamor, raiva e rancor.

Não, raramente, até mesmo, pelo ódio.

Costumam falar, para os quatro ventos, que buscam compreensão, entendimento, harmonia e paz.

Mas poucas sabem o que significa alguma dessas palavras.

Mas conhecem, profundamente, os meandros escuros da mentira, da inveja, da falsidade e da intriga.

E desconhecem a importância e o valor da verdade, do equilíbrio e da justiça.

Pois vivem num outro mundo.

Num mundo onde nem sequer olham, de forma especial, para os jardins e para as flores.

Para os lagos e rios.

Para o céu.

Em busca da lua e das estrelas.

Sim, elas são incapazes de entender a beleza das ondas que batem na praia.

Ou a beleza de uma flor e da natureza que as cercam.

Estão acomodadas e adaptadas para conviverem em lugares e ambientes "poluídos", desde que, social e financeiramente, possam usufruir dos lucros e das benesses.

Para ali estarem e se sentirem "bem".

Sim, elas não exercitam a prática da discussão e do diálogo com os outros.

Que seja variado, questionador, desafiador e, por isso mesmo, sadio.

Sabem ser pessoas mas não seres humanos, verdadeiros.

Pois se fecham e se trancam a sete chaves.

Com medo de que sejam descobertos os seus segredos e as suas personalidades.

Muitas delas, doentias.

Não buscam, somar, unir e reunir, em seus relacionamentos de família.

Ou de uma pretensa amizade ou amor.

Cumplicidade nem falar.

Compartilhar nunca.

Pois, preferem viver afastadas de todos.

Quase que, totalmente, isoladas.

Sim, elas não possuem fé.

Porque não acreditam num ser supremo.

Nem num Deus, acima das religiões.

De seitas e de modismos filosóficos.

Sim, elas preferem os pais de santos, as videntes e as leitoras de cartas, de runas.

E outros charlatões profissionais que exploram crenças falsas de muitos.

Que se beneficiam da superstição, da crendice e da estupidez alheia.

Sim, essas pessoas nunca sequer viveram, realmente.

Porque, também, não sabem o que é, verdadeiramente, a vida.

Nem o viver.

Nem o amar.

São mais amigos das trevas, da negritude e da morte.

E, costumam esquecer que o mais cômodo e o mais fácil, quase sempre,não leva a nada nem a ninguém especial.

Mas ao contrário, confunde, afasta, machuca, destrói e traz a irrealização e a infelicidade.

Por isso elas estão aí.

Mas, de fato, nem sequer elas existem.

São areia que o vento leva para onde quer!

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