segunda-feira, 29 de setembro de 2008

...SOBRE AS DORES DO MUNDO...


Escrevo para dizer o que vejo
Não sou cega, nem sossego,
Escrevo, o que ninguém
Quer escrever.
Vejo o mundo sangrando,
A massa mimosa delirando,
O poder só viajando,
Fechando os olhos pra não ver.
É comovente, é sombrio
A fome no prato vazio,
A miséria sem estio,
Dorme na rua, enfrenta o frio,
Excesso de descaso,
Cresce a miséria
De dez para mil,
Quando isso vai acabar?
A vaidade, a ambição,
Sem alma, sem coração,
Faz o egoísmo sobreviver.
Miséria é mera tolice,
Os poderosos é que dizem,
Fazem questão disso manter.
Pra ter o pobre subserviente,
Só o seu voto fazem valer.
É preciso dar um basta,
Na maldade que maltrata,
De homens insensatos,
Alguns novatos,
Outros a séculos no poder.
A miséria não tem riso,
De tanto chorar,
Secou as lágrimas,
Dizer não é preciso,
É só observar.
Nada vai bem com o pobre
Seu consolo é catar o lixo
Para a vida continuar.



29/09/2008 Tereza Neumann

2 comentários:

disse...

Tereza, ao seu convite vim visitar seus espaço literário, e somente poderia ficar encantada, pois a muito tempo , aqui na caixa de correio estamos, e você sempre atenciosa e fraterna, desejo muitas felicidades, que seu sucesso seja sempre compartilhado com seus amigos.Belos poemas seus. Não pude deixar a mensagem ao Blog, pois não está liberado para não associados, com admiração,
Efigênia Coutinho
ps: tens liberdade de colocar está mensagem em seu blog.

Anônimo disse...

Lindo poema, Tereza! Quanta profundidade há no que vc escreve! Espero ver muitos e muitos mais poemas pora aqui.

Parabéns!

bjs :*
Marcia